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sábado, 18 de setembro de 2010

POEMA LIVRE


Mais um dos meus humildes poemas das antigas:

Meu modo de ser...

Eu sou assim...
Uma maçã pela metade...
Uma porta sem chave...
Uma caneta sem tinta...
Um monte de cinza...
Um disco que não é ouvido...
Um ponto indefinido...
Uma estrada sem fim...
Um gole de gim...
Um filme triste...
Uma canção que não existe...
Um pedaço de pão...
Uma coisa sem solução...
Uma carteira sem dinheiro...
Um vento passageiro...
Um bolo de aniversário...
Um pássaro canário...
Um corpo sem sombra...
Um fantasma que não assombra...
Uma lata de coca-cola...
Um amigo que foi embora...
Uma chuva de verão...
Um prato de arroz com feijão...
Uma estátua da Liberdade...
Uma mentira de verdade...
Um cigarro não queimado...
Um rádio desligado...
Uma estranha poesia...
Um balde de água fria...
Uma banda sem tambor...
Um Sol sem calor...
Um minuto sem pensar
Um coração disposto a te amar...


JAMAR SOARES MUNIZ

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