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sábado, 7 de abril de 2012

POEMA LIVRE




APENAS RASTROS


Não existe fim...
o radar não pega nosso sinal...
o céu esta como todos queriam...
azul pleno...
planos de fuga...
você me deixou preso na sua teia...
em frases loucas de paixão...
meu campo esta cercado...
não como um campo de futebol...
minhas pernas caminham por trilhas...
e cornetas me chamam como sinal de fumaça...
não entendo seu paladar...
como pão e bebo água...
não existe um final
este livro ...
perdeu as páginas...
como um Gibi antigo...
o celular não tem sinal...
será que existe vida aqui?
quem viu? quem tocou?
no veneno mortal...
serpentes sem cores definidas...
uma luva de seis dedos...
um par de botas de couro...
sujos na lama...
você me deixou...
em canções de guerra...
palavras...
apenas rastros...
e uma fumaça de cigarro barato...
não existe um começo...
apenas um final...
um ponto final.



JAMAR SOARES MUNIZ ABRIL /2012



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