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segunda-feira, 17 de junho de 2013

NUNCA É TARDE PARA APOSTAR NUM SONHO...

Engenheiro larga 10 anos de banco e aposta no sonho de ser quadrinista



Luciano Salles lançou este ano sua segunda revista em Araraquara (SP).
Ele tem trabalho publicado nos EUA vende a criação para outros países.


Graduado em engenharia civil e engenharia de segurança do trabalho, o ex-bancário de Araraquara (SP) Luciano Salles decidiu trocar os mais de 10 anos dedicado à carreira para realizar um sonho de infância: produzir quadrinhos. O foco e persistência deram resultado. Há pouco mais de um ano na nova função, ele já tem trabalhos publicados nos Estados Unidos e uma revista independente que é vendida pela internet no Brasil e para outros países.

"O quadrinho me libertou aos 37 anos de uma forma que eu deveria ter me libertado muito antes”, disse Salles, que em 2012 passou por uma crise motivada devido ao estresse da antiga profissão. “No meu antigo trabalho eu vivia em um mundo de regras, de metas e muitas normas, como exemplo, fazer a barba todos os dias", contou ele, que desde então decidiu viver somente de sua produção artística.
Entre os trabalhos de ilustração, ele produziu sua primeira hqzine "Luzcia, a dona do boteco" e este ano lançou sua segunda empreitada, "O Quarto Vivente", que retrata uma história que se passa no futuro. Com dois mil exemplares, o gibi tem formato A4, possui 44 páginas coloridas e custa R$ 20. “Trabalho hoje da forma mais livre possível e consigo viver tão bem quanto antes. Não me coloco limites”, ressaltou o quadrinista.





"O Quarto Vivente"

Em 2.177, toda a Europa e Ásia foram inundadas pelos oceanos. O Brasil dá abrigo aos franceses e os demais países dessa enorme área foram da mesma forma, acolhidos por outras nações.
Um novo mundo surge, o acaso se perdeu e os seres humanos estão totalmente voltados para o individualismo. Além disso, a liberdade não existe mais.
“Os personagens usam fone, mas não para ouvir músicas e sim tampar os ouvidos para não ouvir o barulho de ninguém ao redor, quase não há dialogo. O parto é geneticamente arranjado, os carros não têm mais vidros, é tudo metal, a possibilidade de enxergar é por meio de câmeras instaladas no veículo, ou seja, tudo ocorre por formas de controle”, explicou Salles.
A história se desenrola quando a jovem Juliett-e Mano-n, personagem principal, descobre um método para mudar os caminhos até então percorridos e escolhidos.
De acordo com quadrinista é muito fácil de identificar o controle também na realidade. “Cada vez mais os seres humanos são reféns do controle, por exemplo, uma pessoa parada no ponto de ônibus mexendo no celular, às vezes ela até perde o ônibus, por dedicar atenção somente ao aparelho”, exemplificou.

G1


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