Toni Torres é o criador de um dos principais super-heróis argentinos, o Caballero Rojo. O herói tem sua origem muito semelhante ao Fantasma de Lee Falk. Assim como e espírito-que-anda a família Reinoso mantém uma tradição que remonta à época dos cavaleiros templários de proteger a sociedade utilizando o uniforme e nome de Caballero Rojo.
O interessante do herói argentino é que antes de virar personagem de história em quadrinhos, todos conheciam o Caballero Rojo como um dos lutadores nos programas de Tele Catch (ou lucha libre) argentinos. De forma muito interessante os roteiristas conseguiram integrar essa presença no circo televisivo à mitologia do herói. O avô do atual Caballero Rojo, Anibal, foi atingido na espinha por um tiro que o deixou paralítico. Com medo, seu filho que deveria continuar a tradição de combate ao crime , optou por usar o uniforme para participar das lutas-livres na TV nos anos 60 e 70.
Nos dias atuais um novo Caballero Rojo reinicia o papel de vigilante do personagem, que foi ridicularizado e desacreditado por ter “vendido” sua imagem para a TV no passado. Aqui um recurso interessante é utilizado pelos criadores, pois ninguém sabe quem veste a roupa do herói. As suspeitas de serem a identidade secreta do Caballero Rojo recaem sobre três personagens: Andres, Rafael e Mariano.
Com uma origem pouco inspirada, mas uma construção de mitologia bastante interessante, por integrar um personagem presente em outras mídias de forma orgânica na história, Caballero Rojo é um exemplo de que se pode fazer bons super-heróis fora dos Estados Unidos, utilizando-se de elementos culturais tão característicos como a luta-livre.
O herói volta-e-meia é cancelado na Argentina, mas assim como reza a tradição do Caballero Rojo, volta para continuar combatendo o crime nas bancas de revista hermanas.
Páprica
Nenhum comentário:
Postar um comentário