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terça-feira, 20 de novembro de 2012

UNIX 40 ANOS


Sistema operacional Unix completa 40 anos





Há 40 anos, em  1969, o programador Ken Thompson sentou-se em frente a um terminal de computador e começou a trabalhar numa forma de fazer seu jogo favorito funcionar em uma máquina mais barata. Um mês depois, a brincadeira produzia nada menos que um novo sistema operacional. Nascia o Unix, um dos sistemas operacionais mais influentes da história da computação - e ainda hoje na ativa, sendo a base da internet, dos sistemas de tecnologia de grandes corporações e até de aparelhos que você usa no dia-a-dia.

Há 40 anos, Unix era "apenas um jogo"







Como usuários de PCs, somos tentados a pensar que a computação mundial é quase que totalmente controlada pelo sistema operacional Windows. Isso se deve ao fato de o software da Microsoft ser, realmente, o mais popular "motor" para os computadores pessoais e estações de trabalho.

Entretanto, apesar de o Windows estar mais perto dos olhos, existe uma importante parcela de dispositivos e computadores "escondidos" que, ainda hoje, fazem uso de alguma variante de Unix para funcionar - algumas muito perto de nós.

Criado inicialmente como sistema operacional acadêmico e de pesquisa, o Unix tomou de assalto as grandes empresas na década de 1980, quando passou a ser empregado em servidores, bancos de dados e outros sistemas corporativos. Em termos simples, os "servidores" são aqueles computadores, nas empresas, que fazem funcionar o e-mail, a reserva de passagens aéreas ou o armazenamento de arquivos. Não por acaso, praticamente toda a infraestrutura da internet é baseada em equipamentos com um sistema operacional desse tipo. Embora ameaçado pelo Windows Server, a fatia de mercado do Unix ainda é significativa.


A atualidade e, ao mesmo tempo, maturidade do Unix fazem dele uma plataforma sólida e multiuso. Mesmo com o crescimento de seu principal concorrente não-Unix, o Windows, a criação de Thompson, Kernighan e Ritchie não irá desaparecer tão cedo.

Em uma pesquisa feita pela ComputerWorld, apenas 12% das empresas participantes, de um total de 211 questionadas, tinha planos imediatos para migrar do Unix para um outro sistema. E 47% das empresas veem o Unix como "um sistema operacional essencial e que ainda será usado em larga escala" nos próximos cinco anos.




Além dos servidores

A versatilidade do Unix o levou muito além dos servidores. Por exemplo, o popular Linux leva a filosofia Unix para o "computador de casa". Além disso, o atual sistema operacional da Apple, o Mac OS X, também é um tipo de Unix, portanto todos os Macs modernos ainda mantêm viva a chama do velho sistema (e são certificados como tal, segundo documento disponível em tinyurl.com/2vbooa).

Dentro de muitos telefones celulares, como o iPhone e o Palm Pre, rodam sistemas operacionais Unix. O WebOS, o ChromeOS e o Android são todos baseados nele. Milhares de sistemas embarcados em aeronaves, aparelhos de GPS, máquinas industriais e mesmo televisores são equipados com alguma versão do sistema operacional.

A própria web como a conhecemos nasceu nesse ambiente: numa estação de trabalho NeXT do CERN (Organização Européia de Pesquisa Nuclear), na Suíça. Mesmo o Windows tem partes do Unix dentro de si, como por exemplo as rotinas de comunicação em rede (a "pilha TCP/IP").

O primeiro Unix, desenvolvido naquele longínquo 1969, pouco oferecia do que se espera hoje de um sistema operacional moderno, como recursos de multitarefa ou conectividade em rede. Mas sua facilidade de expansão e adição de recursos, bem como a portabilidade para diversos computadores diferentes, fez com que se mantivesse em movimento e constante evolução nestes quarenta anos. Sem o Unix não teríamos iPhones, GPS de mão ou elevadores inteligentes - e muito menos Windows, Linux e Mac OS X.


Por Antonio Blanc e Henrique Cesar Ulbrich




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