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sábado, 31 de março de 2012

POEMA LIVRE FIM DE MARÇO 2012



ABISMO

Suave como vento
eterno como meu amor...
saboroso como doce do mel da sua boca...
agradável como o som de sua voz...
suave como as cordas do meu violão...
profundo como um Abismo...
sonolento como meus comprimidos para dormir...
variados como as músicas de meu MP3...
ignorante como os mais grosso dos Ogros...
delicado como a pele das princesas medievais...
frio e quente como o corte da navalha na minha barba...
ardente como o solvente da vida...
meus dedos compridos...
minhas lentes embaçadas...
reflexos que cegam...
assim é sempre
e sempre é assim...
uma ilusão pelo desconhecido...
uma bússola quebrada...
uma nau a deriva...
uma nave sem ocupantes
suave como a mão de um anjo
branco...
negro...
asas sem proteção...
um mel que mata... uma voz que ensurdece...
pegadas no meu corpo...
chão duro...ouro e prata
correntes...
profundo como um Abismo
um Homem preso...
que Abismo?


JAMAR SOARES MUNIZ 30/2012



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